À humilde senhora que me perguntou se, ao dar o dízimo, ela
conseguiria a tão sonhada casa própria, respondi que não poderia lhe dar
tal garantia. Se um pregador de outra igreja disse isso na televisão a
responsabilidade é toda dele, porque Jesus não fez esta promessa.
Quem põe sua esperança em Cristo porque ele dará sucesso financeiro e
as soluções de todos os problemas, tem uma religião de resultados. Nela
o pregador fala como quem tem certeza e não como quem tem esperança. A
fé não dá essas garantias. O justo vive da fé (Gl 3,11) e não de falsas
certezas de quem é capaz de dar até hora e local para o milagre, como se
Deus dependesse do relógio deles. A nós cabe esperar humildemente que
as coisas aconteçam para o nosso bem, mas do jeito de Deus e não do
nosso.
Para nós, católicos, não há fé sem esperança, nem esperança sem fé.
Para nós, a esperança é a vela, a fé é a chama. A vela não funciona sem a
chama, a chama não dura sem a vela com o seu pavio. Sem o fio interior,
nem vela é… Se a fé se apaga, a esperança não ilumina. Se a esperança
se agita demais ou não fornece o pavio, a fé não arde.
Mais bonito ainda é saber que sem a fé e a esperança também a
caridade não sobrevive, posto que amar é crer e esperar em alguém, até
mesmo quando a pessoa amada não corresponde. Os pais, por exemplo,
esperam no filho que não dá nenhuma esperança de mudar, mas há neles
esperança suficiente para apostarem na força do seu amor por este filho e
na graça de Deus que leva tudo a bom termo.
A Igreja nos convida a sermos como Paulo que sabia em quem acreditava
e por isso esperou e sua esperança não foi em vão. 2 Tm 1,12. Paulo
tinha esperança porque acreditava e acreditava porque tinha esperança.
Ele sabia que uma era a extensão da outra! Nós também! Certezas? Temos
algumas. Mas isso de afirmar que Deus dá casas e apartamentos para quem
paga o dízimo é confundir esperança com certeza. Espere ter a sua
casinha, mas não aposte que ela virá do dízimo. Sei de muita gente que
pagou o dizimo e morreu em casa alugada e de muitos que nunca deram um
centavo para a religião e moram em palácios. Alguém precisa lembrar ao
povo que Jesus não veio ao mundo aumentar a conta dos seus discípulos no
banco. Nem distribuir iates e carros para quem lhe for fiel. Isso não
está na Bíblia. Se o pregador quiser prometer, prometa, mas diga que é
opinião pessoal!
Pe. Zezinho,scj
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